Ao ler o post de Fábio Albuquerque, do blog GECORP sobre o Futuro da Comunicação Interna, publicado em 2009, me deparei com duas tendências que o autor apresentou na época e ainda podemos dizer que, como não estão completamente implementadas e funcionando, ainda são tendências atuais: o modelo colaborativo e a mobilidade. Acrescentaria na lista o desafio de trabalhar com um novo perfil de funcionários, a geração Y.
Já falamos no blog sobre a importância de ouvir o funcionário e sobre a mudança ocorrida nos últimos anos, com a nova onda da interatividade na rede, destacando o papel das redes sociais, mas isso se aplica ao cotidiano das organizações também, que diariamente se deparam com o desafio de conviver e mais, engajar, os funcionários da chamada geração Y.
Esses funcionários não mais acreditam no que era a regra alguns anos atrás: entrar em uma empresa e fazer carreira. Eles querem mais do que apenas um emprego estável. Na área de comunicação mesmo, há muitos profissionais que preferem trabalhar como free lancers justamente por considerarem esse “modelo” mais dinâmico e desafiador. Mas os funcionários CLT e estagiários apresentam o mesmo desafio para as empresas.
Atualmente fala-se muito da importância e das estratégias para retenção de talentos, pois os líderes perceberam que poderia ser um transtorno para a organização a alta rotatividade dos funcionários, por ser caro e contra-producente.
Por isso, a comunicação interna tem um desafio ainda maior ao se comunicar com esse perfil de funcionário: passar informações de forma consistente, transparente e rápida e permitir (e estimular!) a interação. Saber falar e estar mais preparado ainda para ouvir. Ser flexível também é uma premissa, pois os públicos já não respondem mais ao modelo básico da comunicação (emissor à receptor). Segundo Lalá Aranha no livro “Cartas a um jovem relações-públicas”, a comunicação evoluiu dos modelos “um a um” e “um a muitos” para o modelo “muitos a muitos”. (pág. 114)
Este perfil de funcionário pertence a uma geração sem tanto apego à figura da empresa, são mais independentes e, por estarem, muitas vezes, na faixa dos 20 e poucos anos, não buscam estabilidade de imediato, preferem experimentar de tudo um pouco e não são “fãs” de rotina. É necessário motivá-los, engajá-los e apresentar sempre novidades atraentes para atingir os melhores resultados.
Diante de todo este cenário, a reflexão que proponho é que para que a comunicação com esse público seja assertiva, faça sentido e promova a mudança, ela precisa ser a MELHOR OPÇÃO, e não a única.
Por: Juliana Denardi